O que está em questão, é o que compreendemos por Igreja. Quando falamos a palavra “igreja”, pensamos no prédio em que nos reunimos ou pensamos na comunidade que é o Corpo de Cristo e o Templo do Espírito Santo?
Frei Vanildo Luiz
Zugno
Escrevo este texto na
terça-feira da Páscoa. Uma Páscoa diferente. Diferente como foi a do ano
passado. Uma segunda Páscoa em meio à Pandemia. Uma Páscoa com celebrações
restritas. E com poucas comemorações. Uma Páscoa com Igrejas fechadas ou com
acesso limitado. Uma Páscoa com o comércio vazio e os cemitérios lotados. O
choro da Paixão do Senhor continuou no sábado e domingo e segue ainda hoje pelo
contágio, intubação e morte de pessoas cada vez mais próximas de nós.
O silêncio do sábado
de espera foi rompido por uma notícia insólita. Um ministro do Supremo Tribunal
Federal autorizou liminarmente a realização de cultos religiosos em todo o
Brasil. Decisão monocrática e contrária a outras decisões anteriores do Pleno do
STF. Prefeitos, governadores e até outros membros da Suprema Corte
manifestaram-se contrários. As igrejas afiliadas ao Conselho Nacional de
Igrejas Cristãs (CONIC) chamaram ao bom senso e à necessidade de não fazer dos
templos um lugar de transmissão do vírus e de propagação da morte.