APRESENTAÇÃO
Cultivar a presença de Cristo
“‘Eu
estarei sempre convosco, até o fim do mundo’ (Mt 28,20). Essa certeza,
acompanhou a Igreja durante dois milênios (…); dela devemos auferir um novo
impulso para a vida cristã, melhor, fazer dela a força inspiradora de nosso
caminho. É com a consciência dessa presença do Ressuscitado entre nós que hoje
fazemos a pergunta feita a Pedro, no fim de seu discurso em Pentecostes, em
Jerusalém: ‘O que devemos fazer?’ (At 2,37)” (João Paulo II, Carta Novo
Millennio Ineunte sobre o início do novo milênio, n. 29).
“O que devemos fazer?”
Nas
últimas décadas, a Igreja no Brasil tem procurado dar uma resposta adequada a
essa pergunta, incentivando as pequenas comunidades. Variam os nomes em nossa
Igreja: São chamados de setor, mini-setor, grupos de família, grupo de reflexão
– mas o objetivo é idêntico: criar a presença de Jesus Cristo em nosso meio.
Foi ele mesmo que nos deu esse poder: “Onde dois ou três estiverem reunidos em
meu nome, eu estou ali, no meio deles” (Mt 18,20).
Para ter Jesus em nosso meio, há somente uma exigência: reunir-se em seu nome. Ele, então, iluminará nossas vidas com sua Palavra, nos dará sua força e nos levará ao encontro de irmãos e irmãs que, sob mil rostos, têm o seu rosto. Este rico subsídio, servirá, certamente, para dar nova motivação a estes encontros. E é preciso que isso aconteça. Afinal, a setorização é uma prioridade em nossa Igreja Particular (Diocese). É um extraordinário espaço de evangelização num mundo que é cada vez mais urbano e que tende a isolar as pessoas num individualismo nada evangélico.
Para ter Jesus em nosso meio, há somente uma exigência: reunir-se em seu nome. Ele, então, iluminará nossas vidas com sua Palavra, nos dará sua força e nos levará ao encontro de irmãos e irmãs que, sob mil rostos, têm o seu rosto. Este rico subsídio, servirá, certamente, para dar nova motivação a estes encontros. E é preciso que isso aconteça. Afinal, a setorização é uma prioridade em nossa Igreja Particular (Diocese). É um extraordinário espaço de evangelização num mundo que é cada vez mais urbano e que tende a isolar as pessoas num individualismo nada evangélico.
A você, animadores e animadoras, uma palavra de incentivo. Você é o coração desses grupos. Eles dependem muito de sua perseverança e criatividade.
Aos coordenadores de comunidade, pastorais, movimentos e todo o povo de Deus aos responsáveis pelos setores. Façam o que estiver ao seu alcance para que eles continuem se multiplicando. A vida cristã tem necessidade de grandes celebrações, em que todos experimentem a alegria de pertencer a uma família numa dimensão do mundo. Mas necessita, também, de experiências que só uma pequena comunidade pode lhe dar. Cada qual, então, poderá fazer sua a descoberta do Salmista: “Como é bom, como é agradável, os irmãos viverem juntos” (Sl 133/132,1).
Aos coordenadores de comunidade, pastorais, movimentos e todo o povo de Deus aos responsáveis pelos setores. Façam o que estiver ao seu alcance para que eles continuem se multiplicando. A vida cristã tem necessidade de grandes celebrações, em que todos experimentem a alegria de pertencer a uma família numa dimensão do mundo. Mas necessita, também, de experiências que só uma pequena comunidade pode lhe dar. Cada qual, então, poderá fazer sua a descoberta do Salmista: “Como é bom, como é agradável, os irmãos viverem juntos” (Sl 133/132,1).
Uma Espiritualidade de Comunhão
Aplica-se
aos setores de nossa paróquia a observação feita pelo Documento de Aparecida a
respeito das pequenas comunidades eclesiais: “Constata-se que nos últimos anos
está crescendo a espiritualidade de comunhão e que, com diversas metodologias,
não poucos esforços têm sido feitos para levar os leigos a se integrar nas
pequenas comunidades eclesiais, que vão mostrando frutos abundantes. Nas pequenas
comunidades eclesiais tem-se um meio privilegiado para a Nova Evangelização e
para chegar a que os batizados vivam como autênticos discípulos e missionários
de Cristo” (D Ap 308).
Os
setores “são um ambiente propício para se escutar a Palavra de Deus, para se
viver a fraternidade, para se animar na oração, para aprofundar processos de
formação na fé e para fortalecer o exigente compromisso de ser apóstolos na
sociedade de hoje. São lugares de experiência cristã e evangelização que, em
meio à situação cultural que nos afeta, secularizada e hostil à Igreja, se
fazem muito mais necessários” (DAp 308). Para muitos fiéis, os setores são um
lugar privilegiado para uma experiência concreta de Cristo e uma experiência de
comunhão. Afinal, quem não gosta de ser acolhido fraternalmente, de se sentir
valorizado, de se sentir realmente membro de uma comunidade eclesial e
corresponsável pelo seu desenvolvimento.
ORIENTAÇÕES GERAIS PARA
PARTICIPANTES DOS SETORES
1. IDENTIDADE E OBJETIVO DOS
SETORES
1.1. O QUE É UM SETOR?
• É um
grupo de pessoas que se reúnem nas casas, para rezar, refletir, partilhar, à
luz da Palavra de Deus, a realidade que a cerca, com o compromisso de ações
práticas para a transformação dessa realidade.
• É um
grupo de pessoas que querem fazer a experiência do encontro com Deus, que é
Amor e Vida; são pessoas que querem aprender a prática da oração em comum, da
vivência fraterna, da vida cristã.
• É um
espaço onde as pessoas se encontram para partilhar a vida, a fé e a oração, na
ligação entre Bíblia e vida, revelação e realidade, Palavra de Deus e ação
humana.
• É um
local em que as pessoas são valorizadas, conhecidas pelo nome, onde as pessoas
se sentem Igreja, onde fazem a experiência de serem iguais, filhos e filhas do
mesmo Pai.
• É uma manifestação de resistência profética, de construção da cidadania, de descoberta de novos caminhos de vida cristã e ação social, de solidariedade e de testemunho de vida.
• É um meio privilegiado de evangelização e de valorização da vida, em qualquer ambiente.
• É um lugar onde surgem novas lideranças, onde as pessoas descobrem seus dons e carismas, para colocá-los a serviço da comunidade, através dos diversos ministérios, pastorais, organismos etc.
• É um espaço onde se busca ser Igreja conforme o modelo das primeiras comunidades cristãs; Igreja que vai ao encontro das pessoas; Igreja nas casas, nos condomínios, nas ruas; Igreja Povo de Deus; Igreja que liga Palavra, fé e vida.
• É uma manifestação de resistência profética, de construção da cidadania, de descoberta de novos caminhos de vida cristã e ação social, de solidariedade e de testemunho de vida.
• É um meio privilegiado de evangelização e de valorização da vida, em qualquer ambiente.
• É um lugar onde surgem novas lideranças, onde as pessoas descobrem seus dons e carismas, para colocá-los a serviço da comunidade, através dos diversos ministérios, pastorais, organismos etc.
• É um espaço onde se busca ser Igreja conforme o modelo das primeiras comunidades cristãs; Igreja que vai ao encontro das pessoas; Igreja nas casas, nos condomínios, nas ruas; Igreja Povo de Deus; Igreja que liga Palavra, fé e vida.
• É um
modo de catequese permanente com adultos, crianças e jovens, um espaço onde
todos aprendem e ensinam, sinal da vitalidade da Igreja e de sua irradiação
missionária.
• É um instrumento que contribui para a renovação da Igreja, para a conversão pessoal e a conversão pastoral, para revitalizar a paróquia, fazendo dela “comunidade de comunidades”.
• É um instrumento que contribui para a renovação da Igreja, para a conversão pessoal e a conversão pastoral, para revitalizar a paróquia, fazendo dela “comunidade de comunidades”.
• É um
espaço que responde às exigências atuais da evangelização, com as comunidades
eclesiais de base (CEBs) e outras formas válidas de pequenas comunidades,
inclusive redes de comunidades, de movimentos, de grupos de vida, de oração e
de reflexão da Palavra de Deus (DAp 180).
• É um
dos pontos de partida para uma nova sociedade de justiça, solidariedade,
igualdade e paz.
• É um
grupo que se identifica pela prática do compromisso, da partilha e da
solidariedade, e pela celebração da própria vida em relação com a vida de Jesus
Cristo e de sua proposta de um Reino de paz e justiça.
• É o
lugar onde todas as pastorais, movimentos devem atuar.
1.2 QUAIS OS OBJETIVOS DOS
SETORES?
•
Contribuir para uma renovação da consciência da identidade e da missão da Igreja.
•
Proporcionar aos fiéis a oportunidade de viverem a simplicidade da vida cristã.
• Ser um
espaço de comunhão e participação.
• Ser
espaço onde as pessoas, sobretudo as famílias vizinhas, se conheçam e criem
laços de amizade, solidariedade e fraternidade.
•
Descobrir a revelação de Deus no cotidiano de nossa realidade.
•
Despertar para a experiência afetiva de Deus. Criar espaço para que o povo
possa se manifestar e
se expressar na partilha de sua vida de fé e de sua sabedoria.
se expressar na partilha de sua vida de fé e de sua sabedoria.
•
Evangelizar, a exemplo de Jesus, pela Palavra de Deus e pelo testemunho.
• Manter
viva e perseverante a fidelidade das comunidades “aos ensinamentos dos
apóstolos, à comunhão fraterna, à partilha e às orações”, tal como foi descrito
em Atos 2,42-47.
•
Favorecer a consciência de ser Igreja, animar as pessoas para a vida
comunitária e eclesial.
• Tornar
a Palavra de Deus mais conhecida.
•
Possibilitar a leitura da Bíblia a partir da realidade.
• Superar
o anonimato, o individualismo, a divisão, o egoísmo, o espírito de competição e
a ganância que o atual sistema, regido pelo mercado, produz nas pessoas.
•
Contribuir para que a paróquia seja “comunidade de comunidades”, a serviço da
vida.
•
Despertar e exercitar a consciência da cidadania cristã.
•
Provocar a consciência crítica diante da realidade social, política, econômica,
ideológica.
•
Estimular as pessoas para a responsabilidade de cada qual na transformação da
realidade, como protagonistas da nova sociedade.
• Ajudar
o povo a conscientizar-se de seus próprios direitos, a se organizar e a lutar
por eles.
•
Despertar e formar lideranças para as lutas do povo, nas organizações
populares, nas pastorais sociais, movimentos populares, sindicatos, ONGs,
partidos políticos, conselhos comunitários etc.
• Por
fim, formar e construir verdadeiras comunidades comprometidas com o projeto de
Jesus, isto é: Comunidades onde todos participem, tenham voz e vez.
• Onde
todos os serviços são repartidos e assumidos por todos e entre todos.
• Onde se
celebra a fé e a vida.
• Onde há
partilha, entreajuda, igualdade, corresponsabilidade, testemunho.
• Onde
“todos tenham vida e vida plena” (Jo 10,10)
Na Diocese de Foz do Iguaçu está começando esse trabalho, porém percebe-se com clareza aquilo que o Documento 100 chama de conversão pastoral, é notório a falta de compreensão tanto por parte do clero e de leigos dessa proposta e apelo da Igreja. Algumas Paróquias já se vislumbra um trabalho organizado como a setorização e as missões populares começam a se organizar.
Fontes
Bibliográficas
Arquidiocese
de Florianópolis. Subsídio para formação de animadores e animadoras de Grupos
de Reflexão, 1. ed. Florianópolis, 1999.