Solenidade do Sagrado Coração de Jesus - 28 de junho - Essa devoção ao Coração de Jesus
se afirmou na Igreja para chamar nossa atenção para o amor de Jesus por nós. O
grande educador Dom Bosco, em, 1875, explicou aos seus jovens o valor dessa
solenidade com essas palavras: "Meus caros filhos, a Igreja celebra a
festa do Sagrado Coração de Jesus... Esta festa não é outra coisa que honrar
com especial recordação o amor que Jesus dedicou aos homens. Oh! O amor
grandioso, infinito, que Jesus dedicou a nós com a Sua encarnação e nascimento,
na Sua vida e pregação, e, particularmente, na sua paixão e morte... Tenhamos
coragem! Que cada um faça o melhor que puder para corresponder ao enorme amor
de Jesus dedicado a nós". Uma bela catequese de Dom Bosco.
Nessa
parábola tão simples, podemos perceber o grande amor desse pastor por sua ovelhinha
perdida. O pastor, claro, é o próprio Jesus. É ele quem está procurando e
resgatando as ovelhas perdidas. Foi exatamente isso que ele veio fazer
aqui: achar os perdidos, encontrar os que se afastaram dele e do rebanho.
Claro, os coletores de impostos e os pecadores podiam testemunhar isso. Jesus
os tinha encontrado. Eles eram os perdidos, os que os mestres do judaísmo nem
consideravam capazes de arrependimento. Perdidos por sua condição de pecadores,
excluídos pela falsa santidade dos fariseus. Jesus os integrou no rebanho de
Deus. A sua palavra, as suas atitudes os resgataram. Eles, em resposta a esse
tão grande amor, se aproximavam pela conversão.
Na parábola,
não se diz porque nem como a ovelha se perdeu. O pastor ama a sua ovelha e vai
atrás dela, independente da razão pela qual ela se perdeu. E não manda ninguém
procurá-la em seu lugar. Ele mesmo vai procurá-la. E não descansa até
encontrá-la, enfrentando qualquer adversidade. E, quando a encontra, não briga
com ela, não reclama do que ela tenha feito de errado. Trata-a com carinho,
resgatando-a de sua condição de perdida. E, ao trazê-la para casa, não a vem
tangendo, gritando ou batendo nela, aborrecido. De jeito nenhum. Ele a traz nos
ombros. Ele a leva para casa. E experimenta uma grande alegria por ter
reencontrado sua ovelha e partilha essa alegria com seus amigos.
Guardando a
mensagem
Jesus
contava parábolas pra todo mundo entender. E você está entendendo direitinho. A
parábola fala de Jesus, o pastor, que nos ama de verdade e ele mesmo veio nos
buscar, quando estávamos perdidos. Na carta aos Romanos, São Paulo explicou: “A
prova de que Deus nos ama é que Cristo morreu por nós quando éramos pecadores”.
A parábola fala de você e de mim também. Nós somos a ovelha que se perdeu,
somos os pecadores que ele ama. Ele veio a nós, assumindo nossa humanidade,
para nos resgatar e para nos conduzir. Escreveu o profeta Ezequiel: “Eu mesmo
vou procurar minhas ovelhas e tomar conta delas”. Celebrando a festa do Sagrado
Coração, estamos celebrando o amor misericordioso de Jesus por nós, amor que
nos resgatou quando estávamos afastados de Deus e éramos pecadores. Por seu
amor imenso, agora estamos integrados à família de Deus, somos filhos e filhos
na sua casa.
Alegrem-se comigo! Encontrei a minha ovelha que estava perdida! (Lc 15,
6)
Rezando a
palavra
Coração de
Jesus, inflamado de amor,
conforta
aqueles e aquelas que estão passando por grande aflição, nesse momento. Derrama
tuas bênçãos sobre as famílias que estão enfrentando o drama das drogas; elas
destroem vidas e sequestram o futuro dos jovens. Cura os corações desanimados e
feridos pelo pecado, dando-lhes a certeza do grande amor do nosso Deus que nos
resgata mesmo se estivermos no fundo do poço e nos carrega nos ombros, nos
devolvendo nossa dignidade de filhos e filhas. Ó Jesus manso e humilde de
coração, faze o nosso coração semelhante ao teu. Seja bendito o teu santo nome
hoje e sempre. Amém.
Vivendo a
palavra
Vou lhe dar
o conselho que Dom Bosco dava aos seus jovens, no dia de hoje. A devoção ao
Sagrado Coração nos leva a duas respostas de amor: a Confissão e a Comunhão. Na
Confissão, cultivamos a nossa conversão. Na Comunhão, nos fortalecemos no
caminho de santidade a que ele nos chama.
Pe. João
Carlos Ribeiro – 28 de junho de 2019.