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17/05/2019

Um ensinamento católico que resolve vários problemas sobre corpo e alma


Nos seres humanos, a alma e o corpo são uma unidade; são um só. Nós não somos almas presas num corpo à espera de libertação, nem somos apenas corpos que desenvolveram funções cerebrais superiores.


A Igreja fala da unidade “profunda” de alma e corpo. Espírito e matéria “não são duas naturezas unidas, mas a sua união é que forma uma única natureza”.

É difícil enfatizar o quanto este ensinamento é importante e o quanto é fácil entendê-lo errado.


Aqui vão 14 verdades que se desdobram da unidade de alma e corpo:



1. O homem é nobre!

“Que obra de arte é um homem!”, disse Hamlet. “Quão nobre de razão, quão infinito de faculdades! Em forma e movimento, quão admirável! No agir, quão angelical! No apreender, quão semelhante a um deus! A beleza do mundo! O parâmetro dos animais!”.

Somos parte animal e parte “anjo”; somos feitos de pó e sonhamos em alcançar as estrelas. Na imagem marcante do livro do Gênesis, Deus nos faz a partir do barro e inspira em nós o sopro da vida.

Se a Igreja está certa, nós somos nobres e belos; se a Igreja está errada, somos meros receptáculos de prazeres fugazes, altamente desenvolvidos.


2. A arte pode ser grandiosa!

Quando criamos arte, expressamos ideias intangíveis mediante matéria tangível, audível, visível. A arte utiliza os nossos sentidos para falar à nossa alma.

Se a Igreja está certa sobre a unidade de alma e corpo, então a arte é um canal para uma beleza que nos transcende. Mas se a Igreja está errada, a arte é só um exercício de criatividade em que existe muito menos do que aparece aos olhos.


3. A lei natural importa!

O que fazemos com o nosso corpo, ainda que de modo independente das nossas intenções interiores, importa. O nosso corpo, de fato, é “nós”: não é que nós “temos” um corpo – nós “somos” corpo-e-alma! E, portanto, somos responsáveis pelas nossas ações.

Mas, se a Igreja está errada, não podemos acusar ou encontrar culpa em ninguém, porque não temos como julgar as intenções dos outros e porque seus corpos simplesmente respondem a forças pelas quais eles não são responsáveis.


4. A encarnação de Deus é possível!

As heresias cristológicas iniciais tentavam separar a divindade e a humanidade de Jesus Cristo: será que a alma dele era Deus, mas o seu corpo não era? Será que Ele era um Deus “menor” porque “tinha” corpo? Será que Ele “se tornou” Deus no batismo? A unidade de alma e corpo resolve todas essas heresias: Ele sempre foi quem Ele é: verdadeiro Deus e verdadeiro homem!

Se a Igreja está errada sobre a unidade de alma e corpo, então Jesus não pode ser Deus e nós não podemos ser redimidos. Se a Igreja está certa, a nossa fé não é em vão.


5. Os edifícios da Igreja importam!

Se a alma e o corpo não são um só, então não importa a aparência das igrejas: elas são só alguma coisa a que o corpo reage por instinto. Mas se a alma e o corpo são um só, então as igrejas devem ser, também na sua construção material, testemunhos elevados da grandeza de Deus.

Sem o ensinamento sobre a unidade de corpo e alma, as igrejas poderiam ser vazias ou priorizar formas geométricas que não distraíssem a nossa alma. Com este ensinamento, porém, elas podem e devem ser preenchidas com ícones e imagens atraentes também para a nossa natureza corpórea.


6. Os sacramentos são necessários!

Sem este ensinamento, seria inútil que a matéria transmitisse a graça.

Mas, com este ensinamento, podemos ter acesso à graça através de coisas comuns, táteis, transformadas por um sacerdote: a água, o pão, a mão que unge, a palavra falada…


7. Maria é especial!

Sem este ensinamento, Maria seria apenas uma mãe de aluguel que só carregou o corpo de Jesus. Mas, com este ensinamento, ela é a Mãe de Deus!


8. Os santos importam!

Sem este ensinamento, só celebraríamos os mistérios da vida de Cristo.

Com este ensinamento, porém, podemos também celebrar os grandes homens e mulheres que partilharam a vida de Cristo em sua própria vida!


9. O sexo importa!

Sem este ensinamento, a sexualidade é mero entretenimento e não importa nem o número nem o tipo de parceiros.

Com este ensinamento, no entanto, a sexualidade é a conexão espiritual mais íntima possível entre um homem e uma mulher e precisa ser tratada com dignidade e propósito!


10. As obras de misericórdia importam!

Sem este ensinamento, dar de comer e de beber, vestir e abrigar o necessitado são simples questões de decoro público, não atos de misericórdia.

Mas, com este ensinamento, estamos não apenas gerindo necessidades de corpos alheios, mas amando os nossos irmãos!


11. O exercício físico importa!

Sem este ensinamento, cuidar do corpo não é relevante; ou, pelo menos, não tanto quanto da alma. O corpo, contudo, é parte de quem nós somos! E isto significa que devemos cuidá-lo bem.


12. …mas sem exageros!

É consequência deste ensinamento: a Igreja rejeita a noção neopagã que tende a promover o culto do corpo, a sacrificar tudo por ele, a idolatrar a perfeição física e o sucesso nos esportes.


13. O casamento não é mera construção jurídica!

Sem este ensinamento, o casamento seria só um contrato entre qualquer grupo de duas ou mais pessoas, ligadas por quaisquer necessidades mútuas.

Com ele, porém, o casamento é a união de um homem e de uma mulher com o objetivo final de gerar e criar filhos por amor – filhos que jamais foram, são ou serão meros “amontoados de células”!


14. Seus órgãos genitais e seus cromossomos importam!

Se o seu corpo e alma não são uma unidade, então a sua identidade de gênero é um conceito que fica escondido dos outros. Mas se o seu corpo e a sua alma são uma unidade, então as outras pessoas sabem dizer o que você é – ainda que as ideologias inventem outra coisa.


* Fonte: Aleteia.org