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14/12/2017

Ano do Laicato estimula protagonismo dos cristãos leigos e leigas na Igreja e na sociedade



O Ano Nacional do Laicato
O Documento “Cristãos leigos e leigas na Igreja e na sociedade, sal da terra e luz do mundo”, aprovado a 14 de abril de 2016 na 54ª Assembleia Geral Ordinária da Conferência dos Bispos do Brasil (CNBB), retoma e aprofunda a participação dos leigos e leigas na Igreja e na sociedade. Chamados pelo Batismo e pela Crisma ao seguimento de Jesus Cristo, os leigos e leigas assumem a responsabilidade de serem sujeitos na Igreja e na sociedade como sal e luz!
A beleza e o sentido da Igreja vêm expressos na realidade fundada em um só Senhor, em uma só fé, em um só Batismo (cfr Ef 4,5). Na Igreja, a dignidade de todos está na regeneração em Cristo e na vocação comum à santidade. Todos vivem de uma só salvação, porque “não há mais judeu ou grego, escravo ou livre, homem ou mulher, pois todos vós sois um só, em Cristo Jesus” (Gl 3,28).
No dom do Espírito Santo, nasceram as primeiras comunidades. Elas nasceram pela pregação dos apóstolos e outros discípulos de Jesus. Os Atos dos Apóstolos lembram a pregação realizada em Antioquia: “E começaram a pregar também aos gregos, anunciando-lhes a Boa Nova trazida por Jesus. E a mão do Senhor estava com eles. Muitas pessoas acreditaram na Boa Nova e se converteram ao Senhor” (At 11,20-11). Os que receberam a graça do seguimento tornaram-se missionários, dando início a uma Igreja missionária.
No dom de ser cristãos – no modo de Jesus viver – todos se tornaram discípulos missionários. Na descoberta do viver como Jesus, tornam-se anunciadores e testemunhas desta vida nova. Na dinâmica amorosa e suave do Espírito que anima e dinamiza, os discípulos missionários recebem uma variedade de ministérios, carismas, vocações e serviços como expressões do modo de os batizados viverem em Cristo, fecundados pelo Espírito.
O critério da ação é a edificação da comunidade em função do bem comum para todos. Os modelos de organização eclesial podem mudar ao longo da história, mas permanece a regra fundamental: a primazia do amor, donde advém a possibilidade de integrar organicamente a diversidade de carismas e serviços na comum-unidade da mesma fé.
* Padre Guido Boufleur é assessor da Pastoral Familiar na diocese de Santo Ângelo (RS). Artigo publicado no Jornal Missioneiro, dezembro de 2017.